Saúde Animal

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Cão d’água espanhol





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cao_dagua_epanhol2Water spanish dog

A origem do Cão d’água espanhol possui várias teorias a respeito, tais como a de RUTIMEYER, do cinólogo alemão DUHEL, e do naturalista BUFFON.

Teoria de Rutimeyer – A teoria de Rutimeyer, faz referencia a um carnívoro, o “canis familiaris palustris”, que se associou ao povo do litoral do mar do Norte. Este cão selvagem evoluiu para a forma de “canis palustris”, ao qual deu origem a um tronco original de cães d’água que se dispersaram dando lugar as distintas raças atuais como: o BARBET, na França o CÃO D’ÁGUA PORTUGUÊS em Portugal, o IRISH WATER SPANIEL na Inglaterra e o CÃO D’ÁGUA ESPANHOL na Espanha.

Teoria de Duhel – Duhel, cinólogo alemão, se mostra partidário de uma possível origem asiática dos cães d’água. Esta teoria esta baseada em que esses cães poderiam ter vindo acompanhados dos bárbaros em sucessivas invasões, dando lugar a um tronco comum de Cães d’água originando raças como o Puli e o Komondor.

Teoria de Buffón – Este influente naturalista acha que a origem dos cães d’água esta na África e menciona as tribos do norte da África que utilizavam cães para a caça na água, Este cão tinha o pêlo frisado, porte médio e de forte temperamento. Ele foi introduzido na península em 711, com a invasão muçulmana. Estes cães eram utilizados pelos Berberes para o pastoreio de seus rebanhos.

Esta teoria de BUFFON, tem uma base que pode ser sustentada nos estudos de JULIUS KLEIM, que diz que os rebanhos espanhóis têm forte origem árabe, assim como os métodos de utilização do solo empregados na Espanha medieval, bem como também a forma de tosquiar e lavar a lã que são semelhantes aos árabes. Também parte do vocabulário pastoral é de origem árabe, assim é “rabedan”, é o senhor dos rebanhos nas tribos norte africanas, para os espanhóis é “rabadán” o senhor que governa os “rebanhos”.

cao_dagua_espanholPADRÃO DA RAÇA: Bruno Tausz

Padrão FCI N° 336 – 05-02-1999 / GB
Origem: Espanha.
Data da publicação do padrão original válido: 20-12-1990.
Utilização: usado como cão pastor, de caça e assistente de pescador.
Classificação F.C.I.: Grupo 8 – Recolhedores – Levantadores e Cães d’água.
Secção 3 – Cães d’Água. Sem prova de trabalho.
SUMÁRIO HISTÓRICO: sua existência, na Península Ibérica, é bem antiga. Pertence ao mesmo tronco do antigo « Barbet ». Sua população mais numerosa está situada em Andalusia onde é utilizado como cão pastor e conhecido durante séculos como « cão turco ». Sua fisionomia e conformação peculiar de sua pelagem se adapta à variações do clima de inundações e secas das marés o que o qualifica como cão pastor e auxiliar dos caçadores de aves aquáticas e pescadores dessas regiões.

Padrão FCI nº 336 – 05-02-1999 / GB
Data da publicação do padrão original válido: 20-12-1990.
Origem: Espanha;
Nome de origem: Perro de agua español;
Utilização: cão pastor, de caça e assistente de pescador.
Classificação FCI – grupo 8 – Cães Recolhedores, Levantadores e d’água; – seção 3 – Cães d’água;
– Com prova de trabalho.

ASPECTO GERAL – cão rústico, bem proporcionado (peso médio), dolicocéfalo, proporções longelíneas, de contornos harmoniosos e aparência atrativa, de compleição atlética e bem musculado devido à sua regularidade nos exercícios funcionais; o perfil é retilíneo, seu olfato, audição e visão bem desenvolvidos.
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PROPORÇÕES – comprimento do tronco – altura na cernelha = 9 : 8.
Profundidade de peito – altura na cernelha = 4 : 8.
Proporção crânio-focinho = 2 : 3.
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TALHE – altura na cernelha: machos 41 a 50 cm, e fêmeas 38 a 45 cm.
– – comprimento: (padrão não comenta).
– peso: machos 16 a 20 quilos, fêmeas 12 a 16 quilos.
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TEMPERAMENTO – fiel, obediente, alegre, trabalhador, valente e equilibrado; grande capacidade de aprendizagem devido à sua extraordinária capacidade mental; ele se adapta a todas as situações e intempéries.
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PELE – flexível, fina e bem assentada ao corpo. Pode ser pigmentada de preto ou marrom, ou sem pigmentação de acordo com a cor da pelagem. O mesmo se aplica às mucosas.
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PELAGEM – Pêlos sempre encaracolados com textura algodoada. Ondulados ou encaracolados quando curto, pode formar encordoados quando longos. São admitidos exemplares tosados; a tosa, sempre completa e deve ter um penteado « estético ».
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COR – Sólida: branca, preta e castanho, nas suas diferentes nuanças.
– Bicolores: branco e preto ou branco e marrom, nas suas diferentes nuanças.
Exemplares tricolores não são aceitos.
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CABEÇA – forte e de porte elegante.
– Crânio – chato com uma crista occipital ligeiramente marcada, linhas superiores de crânio-focinho paralelas.
– Stop – suave e pouco marcado.
– Focinho – perfil retilíneo.
– Trufa – narinas bem definidas, da mesma cor ou ligeiramente mais escuro que o tom mais escuro da pelagem.
– Lábios – bem ajustados; com a comissura labial bem definida.
– Mordedura – dentes bem formados, brancos com caninos bem desenvolvidos.
– Olhos – inseridos ligeiramente oblíquos e bem afastados, muito expressivos; de cor avelã ao castanho, deve harmonizar com a cor da pelagem, Sem deixar a conjuntiva à mostra.
– Orelhas – inserida à meia altura, triangulares e caídas.
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PESCOÇO – curto, bem musculado, sem barbelas, bem encaixados nos ombros.
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TRONCO – robusto.
– Linha superior – reta.
– Cernelha – pouco marcada.
– Dorso – reto e poderoso.
– Peito – largo e profundo; perímetro torácico amplo denotando considerável capacidade respiratória.
– Costelas – bem arqueadas
– Ventre – (padrão não comenta).
– Lombo – (padrão não comenta).
– Linha inferior – ventre ligeiramente esgalgado.
– Garupa – ligeiramente inclinada.
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MEMBROS
Anteriores – fortes e verticais.
– Ombros – bem musculados e oblíquos.
– Braços – fortes e angulados. (padrão não comenta).
– Cotovelos – trabalhando rente ao tórax e paralelos.
– Antebraços – retos e robustos.
– Carpos – retos, preferencialmente curtos.
– Metacarpos – retos, preferencialmente curtos.
– Patas – redondas, dígitos compactos, unhas de cores variadas; almofadas resistentes.
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Posteriores – perfeitamente verticais com angulações não muito pronunciadas e músculos capazes de transmitir ao tronco uma propulsão realmente enérgica e força necessária a um salto elegante e fluente.
– Coxas – longas e bem musculadas.
– Joelhos –
– Pernas – bem desenvolvidas.
– Metatarsos – bem baixa.
– Jarretes – curtos, secos e verticais.
– Patas – com as mesmas características que os anteriores.
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Cauda – inserida à meia altura – a amputação deve ser feita entre a segunda e a quarta vértebra caudal. Certos exemplares apresentam uma cauda curta congênita (braquiurismo).
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Movimentação – a andadura preferida é o trote. O galope é curto e saltitante.
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Faltas – avaliadas conforme a gravidade.
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Faltas graves – Região dorso-lombar nitidamente selada.
– Membros incorretos.
– Ventre vencido ou excessivamente esgalgado.
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DESQUALIFICAÇÕES – as gerais e mais:
• Prognatismo inferior ou superior.
• Presença de ergôs.
• Pêlo liso.
• Albinismo.
• Pelagem manchada.
• Caráter desequilibrado.
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NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe