Saúde Animal

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Pastor Maremano Abruzês




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Pastor dos Abruzzos

pastor_maremanoMuito do que foi dito na introcução ao grupo dos cães pastores aplica-se diretamente às origens do maremano-abrucês. Difundido hoje no campo tosco-emiliano, nas Marcas, nos Abruzzos, na Apúlia e no Lácio, este grande cão de opulenta pelagem branca, recebe os mesmos cuidados que lhe permitem salvaguardar sua pureza.

Até há poucos anos era comum distinguir os cães maremmanos dos cães abrucenses. Mas, tomando em conta, mais tarde, o exíguo das distinções, procedeu-se a unificar ambos os tipos e a publicar um único standard.

As qualidades psíquicas do maremano são excelentes e o convertem em inigualável cão-guardião, embora sua função principal siga sendo, ainda hoje, a de auxiliar no pastoreio, atividade na qual mostra-se atento e indômito, valente a ponto de não retroceder nem diante de lobos.

Importado e reconhecido oficialmente na Inglaterra já em 1936, ao final do conflito mundial alcançou e mantém ainda, uma grande difusão como cão de exposição e de companhia.

pastor_maremano3Padrão da Raça – Bruno Tausz

Padrão FCI nº 025.
Origem: Itália;
Nome de origem:
Utilização: guarda do rebanho e da propriedade.
Classificação FCI – Grupo 1 – Cães Pastores e Boiadeiros (Exceto os Suíços);
Seção 1. – cães pastores;
Com prova de trabalho.

ASPECTO GERAL – de grande porte, fortemente construído, de aspecto rústico e, ao mesmo tempo, majestoso e distinto. Mesomorfo pesado, cujo tronco é mais longo que a altura na cernelha; harmonioso em relação ao formato (heterometria) e relativamente com relação aos perfis (haloidismo).
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TALHE – altura na cernelha: machos de 65 a 73 cm. fêmeas de 60 a 68 cm.
– comprimento: (padrão não comenta).
– peso: machos de 35 a 45 quilos, fêmeas de 30 a 40 quilos.
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PROPORÇÕES – o comprimento da cabeça é igual a 4/10 da altura na cernelha;
– o comprimento do focinho é um décimo menor que o comprimento do crânio,
– o comprimento do tronco é maior que a altura na cernelha 1/18 dessa altura.
– a profundidade do peito é ligeiramente inferior a 50% da altura na cernelha.
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TEMPERAMENTO – a sua função precípua de cão de guarda e defesa do rebanho e das propriedades em geral se evidencia no desenvolvimento dessa tarefa que se desincumbe sempre com perspicácia, coragem e decisão. O seu caráter ainda que orgulhoso e alheio à submissão, sabe exprimir uma ligação devotada ao seu dono e a tudo que o cerca.
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PELE – bem ajustada ao corpo em todas as regiões. Mais para grossa. A pigmentação das mucosas das rimas palpebrais e das almofadas plantares e digitais deve ser preta.

PELAGEM – pêlo muito abundante, longo, mais para áspero ao tato, bem assentado. Tolerada uma leve ondulação. Forma um rica juba em torno do pescoço e limitadas franjas na face posterior dos membros. Entretanto curto no focinho, crânio e orelhas e nas faces anteriores dos membros. A textura dos pêlos é semi-brilhante. O comprimento do pêlo no tronco atinge os 8 cm. O subpêlo é abundante somente durante o inverno.

COR – branco unicolor. Toleradas nuanças marfim, laranja pálido ou limão, embora em número limitado.
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CABEÇA – grande e plana de formato cônico, lembrando a cabeça do urso branco.
Crânio – o crânio se apresenta um tanto largo no seu diâmetro horizontal, as suas paredes laterais se apresentam um tanto convexas e, inclusive de perfil o crânio se apresenta convexo. As linhas superiores do crânio e do focinho apresentam uma ligeira divergência. As arcadas superciliares são moderadamente marcadas. O sulco sagital é pouco marcado. A crista occipital é muito pouco evidente.
Stop – é pouco acentuado. O ângulo naso-frontal é sempre muito aberto.
Focinho – comprimento menor que 1/10 do comprimento da cabeça; profundidade, medida no nível da comissura labial, é igual a 5/10 do seu comprimento; a largura é determinada pelo desenvolvimento das faces laterais que tendem à convergência, mesmo assim a face anterior do focinho conserva uma superfície plana; região sub-orbital um tanto cinzelada; bochechas moderadamente desenvolvidas
Trufa – bem grossa, na mesma linha da cana nasal, com narinas bem abertas e grandes, úmida e fresca, pigmentada de preto. De perfil, fica na linha anterior do focinho.
Lábios – os superiores, vistos de frente, determinam na sua linha inferior, um semicírculo de corda muito pequena. São pouco desenvolvidos na altura, apenas cobrem os dentes da mandíbula e, portanto, a comissura labial é pouco acentuada; a linha inferior do focinho é formada pelos lábios somente na região anterior; na região posterior é formada pela mandíbula e pela comissura labial. A orla dos lábios é preta.
Mordedura – em tesoura, dentadura completa, alinhada e bem desenvolvida, com dentes brancos, robustos, maxilares robustos, moderadamente desenvolvidos.
Olhos – médios em relação ao porte do cão, íris de cor ocre ou marrom escuro. Inseridos lateralmente e no plano da pele. Expressão inteligente e vigilante. A orla das pálpebras é amendoada com pigmentação preta.
Orelhas – inseridas muito acima da arcada zigomática, pendentes mas muito móveis. O formato é triangular em V com as extremidades em ponta estreita e jamais arredondadas; pequenas; comprimento não ultrapassa os 12 cm; base moderadamente larga. É tolerada a orelha amputada limitadamente aos cães empregados no trabalho com rebanho.
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PESCOÇO – linha superior é moderadamente arqueada. Comprimento máximo = 8/10 do comprimento da cabeça. Grosso, muito forte e musculado, isento de barbelas e revestido de pêlos longos e densos formando um colar, particularmente vistoso no macho.
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TRONCO – fortemente construído, comprimento = altura na cernelha + 1/18.
Linha superior – reta da cernelha até a garupa, que ao contrário é um tanto caída.
Cernelha – um pouco elevada da linha superior; larga devido à distância entre as coroas das escápulas.
Dorso – reto, comprimento é cerca de 32% da altura na cernelha.
Peito – amplo, profundo até o nível do cotovelo, bem arqueado na metade da sua altura. O perímetro torácico deve ser cerca de ¼ maior que a altura na cernelha e o seu diâmetro transversal (que é máximo na metade de sua profundidade) deve ser igual, ao menos 32% da altura na cernelha e vai pouco a pouco diminuindo para baixo de modo a permitir que a região esternal ainda seja ampla. Sua profundidade deve atingir os 50% da altura na cernelha. As costelas são bem arqueadas e inclinadas; os espaços intercostais são bem amplos e as últimas falsas costelas longas, inclinadas e bem abertas.
Costelas – (padrão não comenta).
Ventre – (padrão não comenta).
Lombo – bem acoplado fundindo-se com a linha do dorso: visto de perfil apresenta uma leve convexidade e músculos de largura bem desenvolvida. O comprimento é igual a 1/5 da altura na cernelha, enquanto que a largura quase se iguala ao comprimento.
Linha inferior – o perfil esterno-ventral evidencia uma região esternal longa que se desenvolve em semicírculo de corda muito larga, que suavemente eleva-se para o abdome.
Garupa – larga, robusta e musculosa. Sua inclinação (se considerada do íleo à inserção da cauda) é de 20° com a horizontal; ainda mais inclinada (30° e mais) se considerada a linha íleo-íquio. Portanto a garupa do pastor maremano abruzês deve ser definida como inclinada..
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MEMBROS
Anteriores – visto tanto de frente quanto de perfil aprumos corretos.
Ombros – a escápula deve ser longa, inclinada, guarnecida por músculos fortes e fluente nos movimentos. A escápula ± 1/4 da altura da cernelha. Angulada em torno de 50° a 60° com a horizontal.
Braços – bem ajustados ao tórax, forte musculatura. Inclinação entre 55° a 60° com a horizontal. Comprimento ± 30% da altura na cernelha. Direção quase paralela ao plano mediano do corpo. A angulação escápuloumeral oscila de 105° à 120°.
Cotovelos – trabalhando bem ajustados rente ao tórax num plano paralelo ao plano médio do tronco, pele macia e solta. A ponta do cotovelo fica na perpendicular baixada do angulo caudal da escápula. A angulação úmero-radial oscila entre os 145° e os 150°.
Antebraços – na vertical, com ossatura forte. Comprimento é ligeiramente maior que o do braço e pouco inferior a 1/3 da altura na cernelha. Comprimento = 52,8% da altura na cernelha.
Carpos – situados sobre a linha vertical do antebraço. Fortes, secos, lisos e de boa espessura com o osso pisiforme bem pronunciado.
Metacarpos – comprimento maior que comprimento do braço. Bem seco, com tecido subcutâneo mínimo. Visto de perfil se apresenta ligeiramente estendido.
Patas – grandes arredondadas, dígitos bem compactos, revestidos de pêlo curto e cerrado. Unhas preferivelmente pretas; tolerada a cor marrom.
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Posteriores – de frente ou de perfil os aprumos corretos.
Coxas – longas, largas, músculos salientes, contorno posterior ligeiramente convexo: largura (medida entre as suas faces externas) = 3/4 de seu comprimento. Ligeiramente oblíqua. A angulação coxofemoral = 100°.
Joelhos – aprumado com o membro e corretamente direcionado para a frente. A angulação femoro-tibial é um tanto aberta variando entre 35° e 40°.
Pernas – comprimento um pouco inferior ao da coxa = 32,5% da altura na cernelha. Inclinação com a horizontal = 60°. Ossatura forte e musculatura seca.
Metatarsos – robustos, seco, largo. Seu comprimento e fornecido pela altura na cernelha. Ergôs, se presentes deverão ser amputados ..
Jarretes – grosso, de boa espessura, sua altura é 30,9 % da altura na cernelha. Sua angulação tíbio-metatarsico oscila entre 40° e 50°.
Patas – como as anteriores mas mais ovais
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Cauda – sua inserção baixa, comprimento ultrapassa o nível dos jarretes. Portada pendente em repouso, quando em movimento é portada na linha de dorso com a ponta bastante recurvada. Bem guarnecida de pêlos abundantes sem franja.
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Movimentação – passo longo, trote alongado.
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Faltas – avaliadas conforme a gravidade.
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Faltas
Eliminatórias -Cabeça – linhas superiores do crânio-focinho convergentes, prognatismo acentuado e deformador.
Cauda – portada enrolada sobre o dorso.
Talhe – fora dos limites descritos.
Movimentação – passo de camelo continuado. .
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DESQUALIFICAÇÕES – as gerais e mais:
Trufa – despigmentação total.
Cana nasal – nitidamente romana ou côncava.
Olhos – despigmentação moderada ou bilateral das pálpebras. Olhos de falcão. Estrabismo bilateral.
Maxilares – prognatismo inferior.
Órgãos sexuais – criptorquidismo, monorquidismo, deficiência de desenvolvimento de um ou de ambos os testículos.
Cauda – anurismo, braquiurismo, quer seja congênito ou adquirido.
Pêlo – encaracolado.
Cor – pelagem isabela.
Manchas – isabela ou marfim bem nítidos nas extremidades.
Nuanças – de cor preta.
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NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe