Saúde Animal

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Armadeira ou Aranha da Banana




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armadeira2Nome Científico: Phoneutria spp

Identificação: Agressivas e valentes; espinhos negros implantados no corpo; coloração cinza com 2 a 3 cm de comprimento; fórmula ocular: 2 olhos na 1ª fila, 4 olhos na 2ª fila e 2 olhos na 3ª fila, implantados na cabeça. O corpo é coberto por pêlos curtos, aderentes, amrrons acizentados, o segmento basal da quelícera tem pêlos vermelhos. No dorso do abdômen há pares de manchas claras formando uma faixa longitudinal e desta seguem filas laterias oblíquas de manchas menores. O ventre da fêmea é negro e do macho alaranjado, apresentando o macho um colorido geral mais claro, amarelado. As pernas apresentam espinhos negros implantados em manchas claras.

armadeiraAção do veneno (peçonha): Neurotóxica. São responsáveis pleo mais número de acidentes de aranhas. O veneno desta aranha costuma agir mais rapidamente do que a da maioria das serpentes. Há registro de mortes de crianças, seis a doze horas após o cidente, bem como de alguns adultos.

Composição do veneno: a composição do veneno foi estudada por Schenberg e Pereira Lima (1966) que registram polipeptídes básicos de peso molecular aproximado de 5 a 6.000 D.

O ataque: Todas as espécies são causadoras de acidentes pois ao se sentirem ameaçadas procuram picar. Assumem uma atitude típica, apoiando-se nos dois pares de pernas traseiras, erguendo os dois dianteiros e os papos, abrindo os ferrões, eriçando os espinhos. Acompanham o moviemnto do agressor procurando a defesa no ataque. São muito rápidas.

Onde são encontradas: As estatisticas demonstram que a maioria dos acidentes ocorre dentro de casa, nos quintais, jardins (quando se removem utensílios) e, principlamente, em casas campestres e de veraneio. Escondidas dentro dos sapatos, costumam picar os dedos dos pés da vítima.Tornam-se mais ativas nos meses de acasalamento ( em São paulo: março/abril) quando podem ser encontradas inclusive dentro de casa, escondendo-se em sapatos, atrás de cortinas, no meio da roupa.

Distribuição geográfica: Ocorre em toda América do Sul. Pelo fato de abrigarem-se em cahcos de banan são exportadas para outros países.

Habitats: As armadeiras não constroem teias. São crespusculares e noturnas, alojando-se em locais escuros, buracos na terra ou sob a vegetação , entre folhagens de arbustos, sob troncos de árvores, no interior escuro das bainhas das folhas de coqueiros ou palmeiras derrubadas ao chão ou dentro das bainhas das bananeiras, inclusive entre os cachos de frutas.

Sintomatologia: Dor local e generalizada pelo membro atingido;
Pulso rápido, febre e sudorese, principalmente na nuca;
problemas respiratórios, vômitos, vertigens e dificuldades de acomodação visual;
morte por asfixia, principalmente em crianças.

Tratamento: (procurar o médico ou posto de saúde mais próximo – se for um animal mordido pela aranha deve-se procurar o médico vetrinário o mais rápido possível) analgesia, pela infiltração local, ao redor da picada, de aproximadamente 4 ml de anestésico do tipo lidocaína a 2%, sem vasoconstritor. Se necessário, repetir a mesma dose uma e duas horas após. Se a dor persistir, fazer uso do soro antiaracnídeo polivalente na dose de 5 a 10 ampolas, por via endovenosa. A soroterapia está sempre indicada quando estiver presente o choque neurogênico, em crianças menores de sete anos de idade e adultos com dor persistente após tratamento sintomático.
O tratamento complementar da dor local com banho de imersão, analgésicos e sedativos pode ser utilizado. Os mesmos cuidados referidos para a soroterapia antibotrópica devem ser tomados quando da administração do soro antiaracnídeo.

IMPORTANTE: Toda pessoa agredida por aranhas deve ser encaminhada ao Pronto Socorro e se possível levar a aranha para identificação. Lembre-se sempre que a rapidez de atendimento em acidentes com qualquer animal Peçonhento pode significar a diferença entre a vida e a morte. A auto medicação pode ser fatal e não deve ser realizada. Procure sempre um médico e o pronto socorro mais próximo.

Lista das Espécies:

Bolívia – P. boliviensis
Colômbia – P. colombiana
Região amazônica – P. fera
Brasil, Uruguai e norte da Argentina -P. keyserlingi
Brasil – P. nigriventer
Região amazônica – P. reidyi

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe