Saúde Animal

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Habronemose Equina




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Raramente fatal.

Causa transtornos econômicos principalmente a habromenose cutânea. A habronemose gástrica é geralmente assintomática.Extremamente comum,tem um caráter sazonal ocorrendo com maior frequência nos meses quentes do ano.

Tipos de Habronemose
HABRONEMOSE GÁSTRICA – acomete animais adultos
HABRONEMOSE CUTÂNEA – causada por larvas; é sazonal, sendo conhecida como “ferida de verão”
HABRONEMOSE CONJUNTIVAL – causada por larvas, acometendo animais de todas idades
HABRONEMOSE PULMONAR – causada por larvas, muitas vezes, em seu início, é assintomática
Ínicio

Etiologia
FILO: Nematelmintos
CLASSE: Nematoda
SUPER FAMÍLIA: Spiroidea
ESPÉCIE: Habronema muscae
A Drachia megastoma se comporta como a Habronema em muitos aspectos ndo que a doença clínica causada por ela é também chamada de habronemose. Se diferencia da Habronema por formar grandes nódulos que muitas vezes podem obstruir mecanicamente o piloro estomacal.Curiosamente a Drachia isolada é menor que a Habronema.

SINTOMAS DA HABRONEMOSE

HABRONEMOSE GÁSTRICA:
geralmente assintomática. Alguns animais apresentam pelagem seca e sem brilho. No caso de Drachia sp temos a formação de tumores com até 10 cm de diâmetro. Esses tumores são preenchidos com material necrótico, nele temos grande número de vermes adultos que através de uma fístula nesse nódulo eliminam larvas e ovos para a luz do orgão. Esses nódulos podem raramente romper e levar a uma peritonite fatal. No caso de peritonite podemos ter o acometimento do intestino levando à uma constricção e cólica ou do baço com formação de um abcesso esplênico. Os nódulos de Drachia sp podem levar à uma obstrução mecânica ou ruptura estomacal nesse caso o animal se apresentará com depressão, febre, dor, calor do lado esquerdo, atrás do arco costal, cólicas leves a moderadas. A Habronema ao contrário, fica na mucosa gástrica e podem penetrar nas glândulas gástricas, determinando uma gastrite catarral, com produção de muco espesso e aderente. Cargas intensas podem levar a ulceração.
HABRONEMOSE CONJUNTIVAL: provoca lesões granulomatosas, conjutivite persistente com espessamento nodular, lacrimejamento constante, ulceraçào das pálpebras, não resposta aos tratamentos comuns antibacterianos. Geralmente acomete a terceira pálpebra.
HABRONEMOSE PULMONAR: as larvas podem atingir os pulmões e causar, em potros, pequenos abcessos associados ao Corynebacterium equi. Geralmente são assintomáticos principalmente após encapsulamento e calcificação. Durante intensa migração pulmonar podemos ter alguns sinais de muco bronquial.
HABRONEMOSE CUTÂNEA: as lesões aparecem nos locais mais comuns de ocorrerem traumatismos e onde o cavalo não consegue remover as moscas. Então os locais mais comuns são: rosto, perto da região medial do olho, linha média do abdomem, em machos em torno do pênis e prepúcio. Menos comuns são lesões nas patas, anca e pescoço. A lesão começa como pequenas pápulas com centro erodido. O desenvolvimento é rápido e as lesões podem atingir 30 cm de diâmetro em poucos meses. No ínicio ocorre prurido intenso e isso pode levar ao auto traumatismo. Em seguida temos um granuloma castanho avermelhado não cicatrizante. Mais tarde a lesão pode se tornar fibrosa e inativa, mas só cicatriza no tempo frio.

DIAGNÓSTICO DA HABRONEMOSE

HABRONEMOSE GÁSTRICA: diagnóstico difícil; ovos e larvas raramente são encontrados no exame rotineiro.Usamos então:

Xenodiagnóstico: fezes do equino suspeito são colocadas junto com ovos de mosca. Após 1 semana quando as moscas estão adultas, as anestesiamos com éter e dissecamos no microscópio a procura do Habronema.
Lavagem gástrica com soluçào salina e exame do lavado.
Necrópsia: achado de parasitas adultos, larvas e ovos.
Exame em água éter: muito díficil.
HABRONEMOSE PULMONAR: achado de necrópsia.
HABRONEMOSE CONJUNTIVAL: presença de larvas na conjuntiva e necrópsia.
HABRONEMOSE CUTÂNEA:
Clínico: granulomas não cicatrizante.
Raspado: encontro de larvas.
Biopsias da área de lesão.

TRATAMENTO E POFILAXIA DA HABRONEMOSE

HABRONEMOSE GÁSTRICA: Poucos produtos atuam no verme adulto. É indicado antes do uso do anti-helmíntico o uso de uma solução a 2% de NaOH para dissolver o “plug mucoso” e abrir o nódulo de Drachia, aumentando o efeito da droga antihelmíntica. Podemos usar:
Levamizole-piperazina
Diclorvós
Ivermectin: droga de escolha; dose: 0.2mg/kg (dose única)
HABRONEMOSE CONJUNTIVAL: Limpeza do olho com solução salina estéril. Utilização de pomada oftálmica com antibiótico e corticoíde (BID); para diminuir a inflamação e ação anti-bacteriana.Podem ser utilizadas também pomadas com organofosforados; com aplicação tópica (BID). Por exemplo: 9 g triclorfon + 224 g nitrofurazona líquida + 56 g dimetil sulfoxide.
HABRONEMOSE CUTÂNEA: Tratamento cirúrgico; indicado em dois casos:
Feridas que não cicatrizam
Nódulos calcificados que causem transtornos estéticos. Podemos usar criocirurgia e radioterapia além dos tratamentos cirúrgicos convencionais. Tratamento medicamentoso:
Sistêmico:
Triclorfon 22mg\kg IV; diluir em 5% de dextrose ou solução salina; repetir em 2 semanas
Triclorfon 2ml em diferentes pontos da lesão durante 15 dias
Dietilcarbamazine 6.6mg/kg (BID) durante 2 ou 3 semanas
Fenthion: SC na lesão 5 ml/5cm de lesão por 10 dias
Corticóide de curta ação
Antimoniato de metilglucamina: 20 mg/KG IM/20 Dias
Aplicação tópica de ALBOCRESIL
IVERMECTINA 0.2 mg/kg IM – -Tratamento de escolha
Tópico:
Limpeza da lesão com solução de dakin
Aplicação de pasta com organofosforado
Anti-inflamatório (dexametasona) – diariamente
Pasta: 85% de glicerina + 5% de fenol + 10% de óleo de alcatrão (alguns autores acham que a glicerina atua osmoticamente na larva)
Ácido crômico (10%) 2 a 3 x na lesão; mata a larva e forma crosta
Ínicio

Profilaxia
Evitar que o animal se machuque
Cobrir feridas abertas
Controle dos vetores
Uso de repelentes em feridas abertas
É IMPORTANTE RESSALTAR: muitas vezes a simples abrasão da picada leva ao início da lesão sem necessitar de uma ferida aberta.

TRATAMENTO E POFILAXIA DA HABRONEMOSE

HABRONEMOSE GÁSTRICA: Poucos produtos atuam no verme adulto. É indicado antes do uso do anti-helmíntico o uso de uma solução a 2% de NaOH para dissolver o “plug mucoso” e abrir o nódulo de Drachia, aumentando o efeito da droga antihelmíntica. Podemos usar:
Levamizole-piperazina
Diclorvós
Ivermectin: droga de escolha; dose: 0.2mg/kg (dose única)
HABRONEMOSE CONJUNTIVAL: Limpeza do olho com solução salina estéril. Utilização de pomada oftálmica com antibiótico e corticoíde (BID); para diminuir a inflamação e ação anti-bacteriana.Podem ser utilizadas também pomadas com organofosforados; com aplicação tópica (BID). Por exemplo: 9 g triclorfon + 224 g nitrofurazona líquida + 56 g dimetil sulfoxide.
HABRONEMOSE CUTÂNEA: Tratamento cirúrgico; indicado em dois casos:
Feridas que não cicatrizam
Nódulos calcificados que causem transtornos estéticos. Podemos usar criocirurgia e radioterapia além dos tratamentos cirúrgicos convencionais. Tratamento medicamentoso:
Sistêmico:
Triclorfon 22mg\kg IV; diluir em 5% de dextrose ou solução salina; repetir em 2 semanas
Triclorfon 2ml em diferentes pontos da lesão durante 15 dias
Dietilcarbamazine 6.6mg/kg (BID) durante 2 ou 3 semanas
Fenthion: SC na lesão 5 ml/5cm de lesão por 10 dias
Corticóide de curta ação
Antimoniato de metilglucamina: 20 mg/KG IM/20 Dias
Aplicação tópica de ALBOCRESIL
IVERMECTINA 0.2 mg/kg IM – -Tratamento de escolha
Tópico:
Limpeza da lesão com solução de dakin
Aplicação de pasta com organofosforado
Anti-inflamatório (dexametasona) – diariamente
Pasta: 85% de glicerina + 5% de fenol + 10% de óleo de alcatrão (alguns autores acham que a glicerina atua osmoticamente na larva)
Ácido crômico (10%) 2 a 3 x na lesão; mata a larva e forma crosta
Ínicio

Profilaxia
Evitar que o animal se machuque
Cobrir feridas abertas
Controle dos vetores
Uso de repelentes em feridas abertas
É IMPORTANTE RESSALTAR: muitas vezes a simples abrasão da picada leva ao início da lesão sem necessitar de uma ferida aberta.

Renato Faria Sanches
Médico Veterinário
Coordenador do Departamento de Equinos e Ruminantes
Consultor Geral - HVVB