A maior dificuldade no relacionamento, entre o “proprietário” e o cão, é a própria denominação de proprietário:

– o cachorro é meu e eu faço, com ele, o que eu quiser.

Não é bem assim! De nada adianta você “pagar” por um filhote se não tiver a capacidade de conquistá-lo.

Temos que partir do princípio que não se pode obrigar um animal, de qualquer espécie, a fazer o que ele não quer.

Para um cão de guarda defender seu amo é preciso que ele o ame. Para um cão de companhia é preciso que ele queira fazer companhia a seu amigo.

Todo o método de Adestramento Sem Castigo baseia-se em conseguir que o cão deseje fazer o que nós queremos que ele faça. O que significa dizer que o cão terá que gostar de andar junto do dono, de sentar todas as vezes que o dono parar, de fazer xixi no seu próprio banheirinho… etc.

O sistema de premiação, ou melhor, de pagamento por serviço prestado é a melhor forma de se conseguir a tão almejada “obediência”. Como prêmio ou pagamento pode se usar o carinho, o petisco ou um brinquedo. Aqui no Brasil, é comum confundir-se essa atitude com suborno, com o qual, nada se consegue com os animais. Se você oferecer um petisco antes do “serviço” executado, jamais conseguirá um resultado. É absolutamente necessário fazer com que o cão faça um esforço para conseguir seu pagamento.

Na minha experiência, a melhor forma de premiar ou pagar a um cão é dar-lhe atenção, conversando com ele como se ele pudesse entender tudo o que falamos.