Saúde Animal

Saude Animal

Saúde Animal

Pichiciego-menor – o menor tatu do mundo




logo_zoo

pichiciego-menorNOME COMUM: Pichiciego-menor
NOME EM INGLÊS:Pink fairy armadillo
NOME CIENTÍFICO: Chlamyphorus truncatus
REINO: Animalia
FILO: Chordata
CLASSE:Mammalia
ORDEM: Cingulata
FAMILIA: Dasypodidae
GÊNERO:Chlamyphorus
COMPRIMENTO DO CORPO: 9–11,5 cm
ALIMENTAÇÃO: alimenta-se de vermes, caramujos, insetos e larvas, ou várias plantas e material de raiz.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Centro da Argentina
HABITAT:pastagens secas e planícies arenosas com arbustos espinhosos e cacto
Pichiciego-menor mede pouco mais de 10 cm e passa a vida escavando embaixo da terra

O pichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus), mede pouco mais de 10cm, passa a maior parte de sua vida escavando embaixo da terra, e uma carapaça rosada cobre o seu suave pelo branco.

É o menor tatu do mundo, se alimenta de invertebrados e plantas, é e visto raramente na superfície. Encontrado nas planícies da Argentina, o pichiciego-menor é muito suscetível ao estresse e não tolera bem encontros com humanos.

‘É um animal muito delicado, que em cativeiro vive no máximo oito dias, e morre’, disse à BBC Mundo Mariella Superina, especialista na preservação de tatus.

Por sua raridade, esses animais se tornaram ‘uma obsessão’ para Superina.

‘Apesar do nome ‘pichiciego’, esses animais não são realmente cegos. Conseguem distinguir claridade de escuridão. ‘Pichi’ significa menino na língua mapuche (um povo indígena da região centro-sul do Chile e do sudoeste da Argentina), e eu suspeito que ‘ciego’ foi agregado ao nome para distingui-lo do piche (Zaedyus pichiy), uma espécie de tatu que pesa cerca de 1 kg e vive na mesma região’, disse a especialista.

Refinado

O que o torna tão especial? Superina explica que, entre as 21 espécies de tatus, que já são muito diferentes de outros mamíferos, o pichiciego é o único que perdeu a parte lateral da carapaça.

‘Sob a carapaça estão pelos de seda que cobrem seu corpo e ajudam o pichiciego a manter sua temperatura corporal.’

‘A ponta da cauda tem uma forma de diamante, que também é muito raro, e é usada como uma quinta pata de apoio,’ acrescenta a especialista.

Eles também têm uma placa vertical na parte de trás que os cientistas não sabiam o que era. Até que a pesquisadora foi capaz de colocar uma câmera infravermelha em um dos pichiciegos resgatados e filmá-lo.

‘Ele só saiu à noite, mas às vezes eu podia ver como ele cavava. Ele escavava e depois se virava e batia a terra atrás dele com esta placa vertical, um comportamento muito especial que os outros tatus não têm’.

Mas isso não é tudo: este tatu observado por Superina também se mostrou extremamente ‘exigente’.

‘A verdade é que eu fiquei louca, porque era extremamente difícil encontrar algo para ele comer, passei dias capturando besouros, à procura de vermes, procurando frutas naturais, para ver se conseguia incentivá-lo a comer algo natural, e nada, acho que tentei 34 ingredientes diferentes e ele se recusou a comer’, disse a pesquisadora.

‘Então, eu tentei uma mistura de diferentes ingredientes, que foi o que ele comeu.’ Mas, segundo Superina, qualquer alteração na mistura causou a rejeição imediata do pichiciego refinado.

‘E o mais engraçado é que eu fiz a mesma mistura para o segundo pichiciego que me entregaram para reabilitar, e ele a rejeitou. Eles devem ter fortes preferências individuais, e por isso não podemos replicar estas experiências, e reabilitar cada pichiciego é um desafio muito grande’, explicou a especialista.

‘Eles são tão diferentes, e é tão difícil encontrá-los, que esses animais são realmente fascinantes para mim, é uma espécie que eu gostaria de estudar e saber muito mais para protegê-lo, mas o problema é onde encontrá-los’, concluiu a pessoa que, provavelmente, sabe mais do que qualquer um sobre esses animais.

Fonte: R7

Lucia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe