Quem passa pela Rodovia Raposo Tavares (altura de Cotia) deve ficar revoltado com a feira de cães que lá se instala nos fins de semana. Há cães de todas as raças, nas mais variadas idades, inclusive “bebês ” que deveriam estar em casa mamando. Estes animais permanecem da 8:00 h da manhã às 8:00 h da noite. expostos a todo tipo de stress. Ficam sob sol escaldante e sob sereno gelado. Assustam-se com o barulho da rodovia. Passam de mão em mão o dia inteiro. E pasmem! São vendidos com documentação (pedigree) falsa, se não, sem papel algum, apesar do comerciante afirmar que a entrega do mesmo será feita depois.
Fala-se tanto em proibir o comércio de animais silvestres, e quanto ao abuso feito aos animais domésticos? Porque não estão em vias de extinção estes animais podem ser tratados como mera mercadoria?

E o comprador que em 99% dos casos é lesado, como fica? Vale lembrar que um cão adquirido em um local como este, invariavelmente vai para a nova casa com alguma doença encubada. Dias depois o novo proprietário vai então gastar com tratamentos veterinários e ainda ter a decepção de perder o filhote. Quem responde por isto? O comerciante, em alguns casos, concorda em dar outro cão para substituir o que morreu. Mas a história pode se repetir…

A única maneira de proteger esses animais e os ingênuos compradores (muitos compram por dó) é divulgando o absurdo desse comércio em vias públicas e lembrar que não é por acaso e muito menos por “exploração “, que os filhotes vendidos por criadores renomados são mais caros.
A pessoa que pretende adquirir um cão deve ir pessoalmente à casa ou canil escolher o filhote e pedir para ver os pais. Observar as condições de higiene do local. Exigir a carteira de vacinação assinada por um veterinário, com o CRMV, o endereço e o telefone do mesmo. No caso do filhote estar sendo vendido com pedigree, algum documento deve ser entregue com o mesmo.