Saúde Animal

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Gerbil – cruzamentos

Gostaria de ampliar minha criação de Gerbil mutação, e queria saber quais cores cruzar para obter cores interesantes.
Os filhotes de um casal vão cruzar entre sí? Tenho que separar a mãe e os filhotes (nasceram a 1ou 2 dias) do macho e dos filhotes da cria anterior? E por quanto tempo?
Esta é a 3ª cria e só nasceram 3 filhotes isto é um problema?
Obrigato e grato pela paciência e ATENÇÃO!

Ricardo
Ricardo,
A genética da coloração de gerbilos é algo complicado. A combinação de gens dominantes com recessivos é que vai determinar as cores e padrão da ninhada. Alguns caracteres são dominantes, como por exemplo olhos escuros, enquanto que os olhos brancos (albinos) são recessivos. O gen que determina manchas brancas nas costas predomina sobre a característica sem mancha. E aí por diante. O cruzamento de animais aparentados leva ao que chamamos de cosangüinidade, aumentando a chance de aparecimento de determinados genes, que determinam às vezes uma característica problema ou simplesmente uma
característica desejável, por exemplo a cor da pelagem. Se tem 2 irmãos com características desejáveis, você poderá cruza-los e seus descendentes por algumas gerações até que haja necessidade de “refrescar o sangue” com genes de outros animais de linhagem diferente. Normalmente não se recomenda cruzar irmãos, mas nos roedores você pode realizar alguns cruzamentos sem que necessáriamente haja problemas. O pai normalmente não mata os filhotes e deve ser deixado junto com a mãe e a cria. Se o pai apresentar o comportamento de agressividade e começar a matar filhotes, deve ser tirado e não deve mais ser usado para reprodução. Se você tirar o macho da presença da fêmea, é possível que ela não o aceite mais posteriormente. Muitos animais juntos pode levar a fêmea ao estresse, podendo matar os filhotes. Assim, recomenda-se retirar a cria anterior, ficando na caixa apenas o casal ou o casal e uma irmã da fêmea gestante (animais com afinidade). Ter 3 filhotes não é problema. Se for a primeira cria, podem nascer poucos. Nos cruzamentos futuros, quando macho e fêmea estiverem mais maduros reprodutivamente, as crias podem ser maiores. É importante saber quantos filhotes nasceram, para controlar mortalidades. Se houverem mortes de filhotes é preciso investigar se as mortes foram por doenças, maus cuidados, se foram mortos pelo pai ou pela mãe. Observe-os sempre, mas deixe a fêmea tranqüila. Sucesso na sua criação.

Dr. Zalmir Silvino Cubas
Diretor do Parque das Aves Foz Tropicana
Foz do Iguaçu – PR